Campanha salarial
Vigilantes
conquistas 12% de reajuste
Os vigilantes conquistaram reajuste
salarial de 12%, aprovado em assembleias em todo o estado na última semana. Em
Chapecó, diz o presidente do Sinvig (Sindicato dos Vigilantes e Empregados em
Empresas de Vigilância e Segurança Privada de Chapecó e Região), Claudino
Meredyk, a aprovação foi por unanimidade.
Além do reajuste sobre o salário base, a
categoria também conquistou 17% de aumento sobre o ticket alimentação, que passou
de R$ 15,00 para R$ 17,50. A assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho
ocorreu esta semana, em Florianópolis, com a presença de todos os sindicatos do
Estado.
O presidente do sindicato expressa
que a categoria ficou satisfeita com o reajuste. Para Meredyk, diante do
cenário de crise política e econômica, que tem afetado especialmente o setor
privado, o reajuste de 12% foi significativo e representa uma boa conquista
para a categoria.
Desemprego
Segundo Meredyk, o nível de
desemprego no setor terceirizado tem crescido. Nos últimos dez meses, conta,
cerca de 430 vigilantes realizaram rescisões de contrato no sindicato.
Como a Convenção Coletiva da categoria
prevê que as rescisões ocorram no sindicato apenas após nove meses de trabalho
ininterrupto na empresa, muitas das demissões não passam pelo Sinvig. Ele
calcula que no total aproximadamente 900 vigilantes perderam seus empregos nos
últimos meses. “Com a crise que mais
sofre são os trabalhadores terceirizados, que não têm estabilidade”, disse.
Lutas
e conquistas
A data base dos vigilantes é o mês
de fevereiro. Assim sendo, a campanha salarial iniciou ainda no ano passado,
com a realização de assembleias para a composição da pauta de reivindicações. Após
três rodadas de negociação com o sindicato patronal, foi realizada assembleia
dia 03 de fevereiro, quando a categoria rejeitou a proposta e votou pelo estado
de greve a partir do dia seguinte. A proposta apresentada naquela assembleia
foi de 10% de amento sobre o piso salarial e reajuste de 13,37% no vale
alimentação.
No dia 12 ocorreu nova assembleia em
Chapecó, mas novamente a proposta foi reprovada. Na semana seguinte diversos
sindicatos reuniram-se em Florianópolis e fizeram uma manifestação em frente ao
Ministério Público do Trabalho, que interviu nas negociações. Nova proposta foi
apresentada aos sindicatos e aprovada pela categoria no dia 19.
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