Estado de greve - Vigilantes deliberam em
assembleia
Na
quarta-feira (03) à noite vigilantes de diversas cidades da base do Sinvig
(Sindicato dos Vigilantes e Empregados em Empresas de Vigilância e Segurança
Privada de Chapecó e Região) aprovaram, em assembleia, a entrada em estado de
greve na quinta-feira (04). Diversas assembleias em todo o estado também
deliberaram pelo estado de greve. O principal objetivo é pressionar o sindicato
patronal para atender as reivindicações da campanha salarial.
Os vigilantes estão em negociação
desde novembro do ano passado. Três rodadas de negociação foram realizadas até
agora. A proposta apresentada na assembleia esta semana foi de 10% de amento
sobre o piso salarial e reajuste de 13,37% no vale alimentação, que passaria de
R$ 15,00 para R$ 17,00. “Conseguimos isso com muita discussão, pois a proposta
inicial era de 5% de reajuste e um real no vale alimentação, mas nós
acreditamos que podemos avançar mais”, disse o presidente do Sinvig, Claudino
Meredyk.
Na pauta de reivindicações da
categoria estão inclusos itens como ganho real, vale alimentação de R$ 22,00, a
retirada do desconto de 20% sobre o vale alimentação e a manutenção da jornada
de 12h por 36h. Devido a isso, o estado de greve foi aprovado como alternativa
para buscar mais avanços nas negociações.
A próxima rodada de negociação
ocorre na sexta-feira que vem, dia 12, em Florianópolis.
O
caminho para os trabalhadores é a união
Para o presidente da CTB (Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) em Santa Catarina, Odair Rogério da
Silva, o papel dos trabalhadores do Estado, do país e do mundo é a união e a
mobilização. “A nossa desmobilização só ajuda o patrão. Quanto mais forte é a
mobilização da categoria mais força se tem na negociação”, destacou.
Odair lembra que a situação está
difícil em todo o mundo, mas ressalta que o reajuste do INPC (Índice Nacional
de Preços ao Consumidor) não é aumento salarial, mas sim reposição das perdas
obtidas durante o ano. Além disso, ele destaca a importância de lutar pela
manutenção dos direitos já obtidos, pois se acaso eles forem retirados o
trabalho para conquistar de novo é muito difícil e penoso.
O diretor da CTB Alzumir Rossari
expôs que a inflação alta é muito ruim para o trabalhador, porque se perde
mensalmente. “Se a inflação é de 10%, num salário de R$ 1000,00 isso significa
R$ 100,00 de perda por mês. Nesse cenário, 10% de reajuste nos salários
representa apenas a reposição das perdas”, exemplifica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário